Desci a Serra pra encontrar no frio
E no meu bolso guardar teus sinais
No verde belo dos teus artifícios
Os meus escondo em manchas lilás
Será
Que a vida leve e solta poderia apartar
As dores que jazem no berço da situação?
Será que o vento nos leva e só depois
Percebe que o mundo não é pra nós dois?
Nananana
Teu corpo fala, o meu arrepia
Tuas nuâncias me tiram o chão
Veio adentrando sem pedir licença
Puxou o tapete, expôs o coração
Subo, me elevo, na tua presença
Teus quatro olhos mostram quem tu és
Quando me perco no meu mar de monstros
É a tua luz que mostra o meu eu
Será
Que a vida livre e leve poderia curar
As chagas que essa espécie causou em você?
Será que o tempo cura o que não dá pra mudar
Ou é o meu amor que tocará no teu ser?
Faz de mim tua morada
Impetuosa tempestade
Com teus raios violentos
Tu és mulher demais
Faz de mim tua morada
Impetuosa tempestade