Saio de casa bem cedo
E o mundo adiante é quase um irmão
Sei que ninguém reconhece
O homem sem pressa que hoje eu sou
Tem muita coisa escrita na carne esquisita
Do meu coração exilado do amor
Inacabado e perdido, o meu corpo fechado
É uma lei duvidosa e sedenta de fim
Pela estrada do rei
Conheço as montanhas do interior
Vou pelas terras paulistas
No verde incandescente de quarenta graus
A madrugada descobre a ferida bichada
Que eu trago cravada tão junto de mim
A minha dor é o pranto entalado na boca
Sem data marcada pra ver outra luz
Então nem sei o que fazer após o nascer do sol