Vai Ver
(Por João Guilherme Dayrell)
Retira o olhar sobre os homens de bem
Faz festa no suor de quem for
Quis ser ingênuo, sem rancor
Burrice é querer ver mais além
Era mudo o sol sem cor
Sorria e apertava as minhas mãos
Confortava-me no seu pudor
Que se encontravam anos depois
Vai ver eles cortaram as minhas mãos
Vai ver o caos chegou ao fim
Nunca foi interessante dizer não
Vai ver...
Caminhar sem qualquer lucidez
Livrar-se do tédio e da nossa dor
A falta de caráter não convém
Nada que nos faça rir anos depois
É irônico sempre sorrir
Agora quem te viu me vê
Transformar não é parar de fingir
É que você ainda não entendeu
Vai ver eu não cortei as minhas mãos
Vai ver o acaso é sempre o fim
Ainda não é interessante dizer não
Vai ver...