Vasco Graça Moura Carlos Paredes
tia minha / tão gentil que me educaste, / da minha vida adivinha / o que sempre adivinhaste. / tia minha, / que em
menino me cuidaste, / e da manhã à tardinha, / eras flor curvando a haste. / tia minha, / em pequeno acompanhaste /
tu sòzinha tu sòzinha / tanta dor que dissipaste / tia minha, / cresci, sofri, que contraste! / tia minha, vem asinha /
saber como me lembraste. / tia minha, / por muito que a vida arraste, / se eras outra mãe que eu tinha, / mãe como
ela ficaste. / tia minha, / não mereces que te baste / esta guitarra à noitinha: / meu coração escutaste.